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A lei eleitoral permite aos deputados estaduais, federais e senadores reeleições ilimitadas
publicado em 13 de outubro de 2018 - Por Dirce GuimarãesE a campanha eleitoral prossegue. Vivemos o 2º turno que vai completar o processo eleitoral presidencial e estadual. A decisão é nossa: Haddad ou Bolsonaro? Aqui no Estado de São Paulo, Marcio França e Doria pedem nossos votos. A adoção do 2º turno se dá quando o 1º colocado no 1º turno não atinge a votação de 50% mais 1. É uma medida correta. A eleição segue a regra: se dá pela maioria dos votos.
Aqui na nossa Bragança não temos o 2º turno. Quando três ou mais candidatos concorrem ao cargo, quase sempre temos um prefeito eleito pela minoria de eleitores. Essa é mais uma injustiça da Justiça Eleitoral que amargamos. Esses cálculos matemáticos não interessam aos legisladores dos Poderes. Os cálculos deles são outros.
A LEI ELEITORAL PERMITE AOS DEPUTADOS ESTADUAIS, FEDERAIS E SENADORES REELEIÇÕES ILIMITADAS, PARA O RESTO DA VIDA (LEI FEITA POR ELES)
A Lei Eleitoral não corta os eternos reeleitos. Eles não se autocriticam, são insaciáveis, são gananciosos, são manipuladores e ainda se vangloriam com o número de suas reeleições. Não percebem que são antidemocráticos, que eles impedem a renovação, o direito ao exercício da cidadania.
E se esses cargos eletivos não fossem providos com altíssimos salários, com mordomias revoltantes que beneficiam até familiares, será que esses “candidatos” estariam dispostos a prestarem serviços públicos relevantes de amor à pátria? Uma boa parte, sem dúvida, cairia fora: os mercenários, os dinheiristas, os que vivem da política, os profissionais. Sobreviveriam os do “bem”.
Pois é, pelo jeito os eleitores estão cansados dos sempre os mesmos e nesta eleição foi decretado um “basta” para muitos candidatos à reeleição e um bom corte na votação dos que sobraram. Observem e constatem esse fato: Das 54 vagas do Senado, 46 foram preenchidas por novos Senadores, que formam a maioria.
Para a Câmara de Deputados Federais, com um total de 513, a reeleição ficou abaixo dos 50%, o que revela uma renovação recorde. Para a Assembleia Legislativa paulista, foram eleitos 52 novos deputados de um total de 94. Os novos são maioria. Foram reeleitos 42 reincidentes, teimosos e insistentes Deputados Estaduais. Por que os Deputados não se contentam com uma reeleição? Será que o grande atrativo são as fartas tetas? Alguém duvida?
PERFIL DOS CANDIDATOS AO PODER EXECUTIVO NESTE 2º TURNO: PRESIDENTE DA REPÚBLICA E GOVERNADOR DO ESTADO
Para o Poder Executivo, nas três esferas – federal, estadual e municipal – é permitida uma reeleição. Essa reeleição foi “criada” pelo Presidente da época, Fernando Henrique Cardoso, interessadíssimo em permanecer por mais 4 anos no cargo de Presidente. Neste 2º turno que ora acontece, um dos concorrentes para o cargo de Presidente é o Deputado Federal Bolsonaro, capitão reformado. Ele está no seu 28º ano de legislatura e considera normal usufruir de todas as benesses do cargo. Haddad, outro concorrente, foi prefeito de São Paulo no quadriênio de 2013 a 2016. É advogado, professor universitário, economista.
É político com um só mandato eletivo. Não conseguiu se reeleger na eleição de outubro/2016. Já se tornou conhecido no país. E nós, eleitores, se aqui chegaram, esperamos que ambos tenham competência suficiente para comporem o quadro de assessores com cidadãos honestos, capazes, habilitados, vacinados contra propinas, contra corrupções, contra cheiro de dinheiro, que não particularizem o público, que sejam cidadãos de fato e de direito.
No 2º turno, para o cargo de Governador do Estado, estão na disputa os candidatos Doria e Márcio França. Doria fazia questão de dizer que não era político, no entanto, seduziu- se ou foi seduzido pelo Poder e acabou deixando a Prefeitura nos seus 14 meses de mandato para se candidatar ao cargo de Governador. Marcio França possui um currículo de vida política bem recheado.
Com poucos meses no Governo de São Paulo se candidatou e sem padrinho chegou ao 2º turno. Os quatro candidatos Bolsonaro/Haddad e Doria/Marcio França, com janelas na vida política sufocaram os candidatos principiantes, como sempre acontece. Culpa dos eleitores que gostam de manadas.
O DESEMPENHO DOS CANDIDATOS AOS CARGOS DE DEPUTADOS AQUI NA NOSSA BRAGANÇA
Foi surpreendente a eleição do bragantino Daniel José para o cargo de Deputado Estadual com a assombrosa quantia de 183.480 votos, o que lhe conferiu a 6ª posição. Aqui, que é seu domicílio eleitoral, ele obteve 4.918 votos. Ele vota na escola onde estudou: Colégio das Madres. É filiado ao Partido NOVO.
Esse Partido conquistou 4 cadeiras na Assembleia Legislativa. Daniel pretende propor Projetos de Lei – PL que produzam melhorias de vida para a população, visto que hoje, a maioria dos Projetos de Lei propostos na Assembleia pelos Deputados, versam sobre denominação de bens ou prestação de homenagens, parecem cópias do que acontece aqui na Câmara Municipal. Vide os site oficiais.
O Deputado Estadual Edmir candidato a mais uma reeleição, teve uma encolhida na sua votação aqui em Bragança de 19.860 votos, em comparação à eleição passada. Na contagem geral contabilizou menos 36.378 votos. Apesar dessa quebra, somou 135.991 votos, o que lhe deu a 11ª posição.
Percebe-se que os eleitores estão se politizando, partindo para análises; estão se cansando das reeleições seguidas, das promessas não cumpridas, das mesmices, das manipulações, das infidelidades partidárias, buscam o novo ou simplesmente não votam. Analisem mais uma vez o percentual de renovação no Poder Legislativo Federal e no Poder Legislativo Estadual. O eleitor está se conduzindo, está deixando as amarras.
Mais um promissor candidato está despontando na nossa Bragança e região. É o atual Vereador Basílio Zecchini, bragantino de nascimento. Candidatou-se ao cargo de Deputado Estadual pelo PSB, partido em que é filiado o candidato a Governador Marcio França. Obteve uma votação de mais de 17.000 votos, está calçado para a próxima eleição. É preciso unir o imenso colégio eleitoral da nossa região para que passemos a ter espaços nos Governos Federal e Estadual, já que a medida se chama “voto”. Precisamos parar de nos contentarmos com merrecas, precisamos cobrar obras de grande porte e necessárias para progredirmos.
Bem, as eleições do 1º turno passaram. Na calçada da Escola “Jorge Tibiriçá” jogaram uma “tonelada” de santinhos, num total desrespeito à Lei, aos eleitores, aos transeuntes, ao meio ambiente. Será que ninguém denunciou ao Cartório Eleitoral? Nos dias finais da Campanha Eleitoral a Prefeitura entrou em clima de festa com revitalizações, com assinatura de convênio, de ordem de serviço, com anúncio de asfaltamento de ruas, até o “Colégio São Luiz” foi lembrado. Pois é, mas não acertaram o trânsito do Taboão, da rotatória do São Francisco, da Variante do Taboão, e nem cuidaram das travessias do pedestre nas ruas da cidade.
Não se lembraram das praças centrais: Raul Leme e José Bonifácio, elas continuam esquecidas, encardidas, com o piso desgastado, cheio de calombos preparados para tombos. Digam-nos o que está acontecendo, afinal somos nós que pagamos. Será que nem os Vereadores sabem? E eles recebem um salário de R$12 mil mensais para serem nossos fiscais. E nós continuamos a perguntar: Cadê as nossas praças bonitas, higienizadas, floridas, verdadeiros cartões-postais? Quando serão reformadas? Será que só em 2020, às vésperas das Eleições Municipais. Ah! É muito tempo de espera!
A C O R D A B R A G A N Ç A ! ! !




