Cotidiano
Presidente da ABBC é intimado, mas não comparece à CEI da Saúde
publicado em 26 de maio de 2018 - Por A Imprensa de Bragança
Comissão ouviu depoimento de Iolanda Vieira de Souza, ex-diretora-executiva da OS
A Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investiga os contratos nos serviços de atenção básica e urgência e emergência realizados pela Associação Brasileira de Beneficência Comunitária (ABBC), realizou a 9ª Sessão nesta semana.
Era esperada a participação do presidente da organização social, Jerônimo Martins de Souza, mas ele não compareceu, nem apresentou justificativas até o fim da sessão. A Comissão definiu que fará nova tentativa de intimação para o depoimento do executivo.
Iolanda Vieira de Souza, diretora-executiva da OS à época, foi ouvida pela comissão e esclareceu que, diferente do estatuto, desempenhava em Bragança Paulista a função de diretora operacional da OS.
Perguntada sobre a origem da dívida de R$ 8 milhões imputada ao município, Iolanda informou que “foram feitas aquisições fora do contrato de gestão, pois recebi várias ligações da Secretaria Municipal de Saúde com pedidos de compras, e para tomar a decisão sobre efetuar ou não o gasto fora do previsto e consultava o presidente da ABBC, que orientava a atender a demanda da população.
O serviço de ‘Leva e Trás’, que fazia o traslado dos pacientes até a UPA da Vila David fez parte dessas solicitações, já que o município não dispunha de uma linha de ônibus que facilitasse o acesso dos usuários”, argumentou Iolanda.
No depoimento, Iolanda também informou que foram executados serviços de melhorias na parte hidráulica da UPA da Vila David, a locação de gerador pelo período de 12 meses para a substituição de equipamento quebrado, que o município declarou não ter condições financeiras para resolver a questão de momento, além da aquisição de medicamentos de alto custo de demandas judiciais, que não constavam no contrato.
Claudio Moreno indagou Iolanda sobre o que motivou a OS a efetuar a compra de itens que não constavam no contrato. Ela justificou que por ser uma empresa do terceiro setor com atuação na área da saúde, a ABBC preconiza pela humanização, por isso optou por comprar os itens solicitados com o intuito de atender as necessidades dos usuários da rede municipal, e que a prática foi encerrada no período em que Grazielle Cristina dos Santos Bertolini esteve à frente da Secretaria Municipal de Saúde.
Para a próxima reunião, segunda-feira, 28 de maio, os vereadores convocaram os ex-secretários de saúde do município Eurico Aguiar e Silva (Frei Bento) e Estela Márcia Flores Gianesella. A Comissão tem até o dia 18 de junho para a conclusão dos trabalhos de investigação, que pode ser prorrogado.
