Na última segunda-feira, 23 de abril, a Secretaria Municipal de Ação e Desenvolvimento Social (SEMADS) em parceria com a Coordenadoria de Políticas para Mulheres, iniciou a “I Capacitação sobre o Atendimento e Proteção à Mulher Vítima de Violência”, no Núcleo de Apoio ao Professor e Aluno (NAPA).
No primeiro dia, mais de 300 pessoas representantes de diversos órgãos e instituições da região estiveram presentes. A Promotora de Justiça Ana Maria Buoso explanou sobre os aspectos jurídicos da violência doméstica, a constituição de uma rede protetiva à vítima, a Lei 11.340/06, conhecida como Lei Maria da Penha.

“É preciso educar, prevenir e avaliar todos os aspectos que envolvem a violência contra mulher, pois ela não atinge apenas a vítima, mas sim todas as pessoas do convívio social do agressor”, explicou a Ana Maria Buoso. Segundo ela, é necessário criar ações em escolas para que os jovens saibam a diferença entre um relacionamento saudável e um abusivo.

Na segunda parte do evento, Karla Adriana Martins Bessa fez uma palestra sobre “Pesos e medidas do simbólico e do imaginário nos atos de violência cotidiana contra mulheres”, abordando o contexto histórico e conceitos importantes sobre o tema.

Nesta terça-feira, 24, os representantes da Comarca da região bragantina (Bragança Paulista, Pedra Bela, Vargem e Tuiuti) apresentaram os fluxos de atendimento de cada município, na parte da manhã. À tarde, a Promotora Ana Maria Buoso atuou como facilitadora do processo de comunicação e construção e reconstrução dos fluxos de atendimento às vítimas de violência.

“Essa capacitação é de suma importância e foi pensada para fortalecer a rede de assistência social e proteção à mulher. É preciso aprender e multiplicar esse conhecimento através de educação, fortalecendo a rede de proteção à mulher e suas famílias e garantir a acolhida em todos os serviços”, disse a secretária municipal de Ação e Desenvolvimento Social, Margarete Alvarenga.

Em Bragança Paulista existem serviços gratuitos de apoio à mulher vítima de violência doméstica: Ministério Público (MP), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Centro de Referência Especializado da Assistência Social (CREAS), Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), Conselho Tutelar, Pronto Socorro e Unidades de Pronto Atendimento (UPA). Os telefones que as mulheres podem utilizar são: 153 – Guarda Municipal; 190 – Polícia Militar e 180 – Disk Denúncia Atendimento Nacional.