O Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ) promoveu nesta semana, em sua sede, em Nazaré Paulista, encontro do projeto Semeando Água, com discussões sobre os desafios e oportunidades para aumentar a segurança hídrica no Sistema Cantareira.

Representantes das secretarias municipais de Meio Ambiente e de Desenvolvimento dos Agronegócios de Bragança Paulista participaram do encontro, que teve o objetivo de alinhar medidas para fortalecer a integração e a implementação de ações capazes de contribuir com o incremento do volume do Sistema Cantareira. O evento, que contou com 12 apresentações divididas em três painéis, reuniu empresas, órgãos públicos, proprietários de terras e a sociedade.

A abertura foi realizada pelo engenheiro agrônomo Eduardo Ditt e, em seguida, foi apresentado o Painel I “Desafios do Sistema Cantareira”. O biólogo Alexandre Uezu apresentou o ‘Cenário atual do Sistema Cantareira’; seguido pela agente Ambiental da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), Lucia Vidor de Sousa Reis, que falou sobre a relação intrínseca entre floresta e água e as diferenças entre os investimentos para tratar a água em bacias degradadas e com significativa cobertura florestal.

Na sequência, a chefe e pesquisadora da Divisão de Monitoramento e Alertas do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), Adriana Cuartas, mostrou as previsões para o Sistema Cantareira e os eventos extremos esperados. Finalizando essa primeira parte, o assessor da diretoria metropolitana da Sabesp e coordenador do Fórum de Responsabilidade Socioambiental da Diretoria, Hélio Rubens Gonçalves Figueiredo, explanou sobre ‘Demanda de água e adaptação às variações climáticas’.

Representantes das secretarias de Meio Ambiente e Desenvolvimento dos Agronegócios de Bragança Paulista participaram do encontro realizado pelo Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ), em Nazaré Paulista

Já no Painel II “Medidas implementadas que já fazem diferença e as lacunas que devem ser respondidas”, a engenheira florestal e consultora do Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais (IPEF), Maria José Brito Zakia, falou sobre a ‘Resiliência das áreas de mananciais frente as mudanças climáticas: transformar paisagens e difundir resultados’; o coordenador de Recursos Hídricos e Efluentes (SMS/MA/BRH/RHE) Gerência de Biodiversidade e Recursos Hídricos da Petrobras, André Bueno Portes, apresentou o ‘Índice de Risco de Escassez Hídrica: resultados e as alternativas de respostas’. Essa parte foi finalizada pelo engenheiro químico especializado da Petrobras, Paulo Lovo Júnior, que explicou as ‘Consequências da crise para Replan, medidas de prevenção e o fortalecimento de ações regionais’.

O último painel “Estratégias para a conservação dos recursos hídricos: resultados e o desafio de dar escala às iniciativas”, a engenheira agrônoma, coordenadora do Programa Nascentes na Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo (SMA), Helena Carrascosa, apresentou as ‘Ações do Governo Estadual para conservação dos recursos hídricos com foco no Sistema Cantareira’; a geóloga, especialista em Recursos Hídricos na Coordenação de Implementação de Projetos Indutores da Agência Nacional de Águas (ANA), Consuelo Franco Marra, falou sobre o ‘Pagamento por Serviços Ambientais (PSA)’; o presidente da Associação dos Sindicatos Rurais do Vale do Paraíba (Assivarp), Wander Bastos, explicou sobre as ‘Boas Práticas para o produtor rural’. Ao final, foi realizada uma rodada de discussões e fechamento do evento.