Cotidiano
Sistema Cantareira tem nível mais baixo que no período pré-crise
publicado em 7 de junho de 2018 - Por A Imprensa de Bragança
No dia 5 de fevereiro de 2014 era possível caminhar próximo do vertedouro da Barragem do Rio Jaguari, dispositivo que é utilizado para descargas quando o nível do reservatório está acima do limite de segurança na sua operação
O Sistema Cantareira operava com 45,7% de sua capacidade nesta quarta-feira, 6 de junho, segundo dados da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).
Esse nível está abaixo do registrado nessa mesma época no ano passado (67,7%) e no período anterior à crise hídrica de 2014. No dia 6 de junho de 2013, o nível do reservatório era de 58,9%.
O sistema chegou a atender 9 milhões de pessoas só na região metropolitana de São Paulo, mas abastece atualmente 7,4 milhões desde que a crise hídrica atingiu o estado nos anos de 2014 e 2015.
Em maio, a chuva acumulada foi de 13,7 mm, um sexto do que costuma chover neste mês, segundo média histórica. Os demais reservatórios também estão com menos água do que em maio de 2013.
A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) afirma que possui um sistema mais robusto, com mais interligações e maior capacidade de tratamento de água do que antes da crise hídrica. Cita a interligação Jaguari-Atibainha, que permite transferir água entre duas bacias distintas, e diz que, no sentido do Cantareira, pode enviar até 162 bilhões de litros de água por ano, volume equivalente a uma represa Guarapiranga cheia.
Na última sessão ordinária da Câmara Municipal de Bragança Paulista, o vereador Marcus Valle (PV) fez um requerimento ao governador do Estado, Márcio França, e à presidente da Sabesp, Karla Bertocco Trindade, manifestando preocupação quanto ao nível do reservatório da Represa Jaguari/Jacareí, que integra o Sistema Cantareira, e sugeriu que sejam feitas campanhas de conscientização contra o desperdício.
