Saúde
Colesterol
publicado em 20 de abril de 2018 - Por Tatiana Cavalcanti / Folhapress
Colesterol alto é desconhecido da maior parte da população
Hábitos alimentares saudáveis e uma rotina de exercícios físicos são requisitos essenciais para manter um nível equilibrado do colesterol, tanto do chamado bom (HDL) quando do ruim (LDL). Entretanto, dizem especialistas, exames anuais também são fundamentais.
A maioria da população brasileira, 67%, desconhece ter colesterol alto, segundo o cardiologista Henrique Tria Bianco, diretor do Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia, que cita pesquisa da instituição. “A grande maioria não sabe quais são seus níveis de colesterol”.
Mas nem sempre a combinação ideal de alimentação saudável e exercícios pode evitar as consequências negativas do colesterol, como doenças cardiovasculares.
O histórico familiar é um dos fatores que deve servir de alerta, segundo Renato Zilli, endocrinologista do Hospital Moriah. “O problema pode ter fundo genético. Às vezes, mesmo uma pessoa magra, que se exercita, não consegue reduzir o colesterol ruim, que pode entupir artérias. É preciso ir ao médico para avaliar os níveis da gordura no sangue”, afirma.
Ele também alerta que pessoas com alto risco devem cortar do cardápio alimentos embutidos e gordurosos, como picanha, porco, comidas fritas, pizza e salgados.
O cardiologista do Hospital Sírio-Libanês João da Silveira explica que o colesterol bom ajuda a “limpar” as gorduras nas artérias. Já o ruim é perigoso porque pode entupir todas as artérias, inclusive a do coração. “É uma espécie de ferrugem passando que cria uma placa de gordura e pode levar ao infarto. Cerca de 50% das pessoas descobrem esse mal morrendo”.
O especialista afirma que outros fatores de risco podem elevar o colesterol ruim no sangue, como tabagismo e obesidade. “Uma dica é caminhar uma hora por dia. Pode ser de forma intercalada”. (Tatiana Cavalcanti)
Brasil adota mais rigor no controle
A SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia) mudou a medição da taxa de referência do colesterol, na semana passada. “O Brasil passou a ser um dos países mais rigorosos do mundo”, diz o médico Renato Zilli. “Pessoas com histórico de doenças cardiovasculares graves, como infarto ou derrame, deverão manter o chamado colesterol ruim (LDL) abaixo de de 50 mg/dl. Antes, o teto era 70mg/dl”, explica.

